Tuesday, May 09, 2006

Uma semana depois...

Recordar alguns momentos do passado... Para o meu leitor assíduo que insiste que eu ponha aqui todos os meus poemas :) e que não tem noção do quão assustadores eles podem ser...











Olho a noite e sinto a tua falta. Procuro, nesta noite, um lugar para nós.
Soletro ao vento as palavras que me perseguem para te alcançar outra vez.
Frases soltas que profiro mas, solto significa livre, tal como o amor...
Deixo que o vento negro me leve até ti para te sentir mais uma vez antes de mergulhar na teia dos meus sonhos.
Preciso do teu toque, do teu amor, do teu carinho, do teu cheiro... Ainda mal deixei de te ver e já sinto a tua falta, como quando preciso de respirar e tu não estás.
Procuro e não te encontro. Corro pela cidade fora procurando-te. Voo no desespero de te encontrar. Qual borboleta, qual som celestial, tenho medo de te perder. Sinto-me vazia sem ti, preciso do teu toque para sentir o teu calor, para acalmar a minha alma inquieta, para me segurar quando o mundo me atacar.
Repito-me incessantemente, mas não encontro discernimento para encontrar outras palavras. Revolvo a mente mas a voz do coração fala como um revolucionário inconformado. Procuro o calor das nossas tardes recordando um olhar, um beijo, uma palavra sussurrada na multidão, a cumplicidade das nossas almas. Ajo como uma louca, mas não é verdade que o amor é para os loucos? Então deixem-me viver louca e livre. Vivo a insanidade do meu ser, na procura do teu.
Encontro o nosso lugar. Ali,..., ali naquela estrela brilhante,..., aquela que brilha sempre, mesmo quando não se vê.

14-09-2001

Preencho as minhas folhas
Com suspiros inconfundíveis.
Silenciosos, perturbam a agitação do ar.
A porta bate e eu estremeço.
O silêncio foi quebrado,
Tal como as promessas feitas um dia.
Vendeste-me a alma sem eu saber
E quando me apercebi, era tarde demais
E estava diferente.
Indiferente, aluada, deixada a um canto
Com a sombra do teu olhar
Atirada sem dó para o vazio de um ser,
Para o nada que costumava ser.
E aqui fico, parada, no barulho da multidão.
Vejo a minha alma ao longe,
Nas mãos de quem a comprou.
Numa última oportunidade
Lanço um silencioso suspiro tão alto
Que tudo pára por o ouvir.
Berrei-o na tentativa de a alcançar.
Em vão...
A minha alma parte nas mãos de um ser vazio...
Tudo porque como o silêncio,
As promessas foram quebradas.

24-09-2001

Até breve!

1 comment:

tedbhrams said...

"Tudo porque como o silêncio,
As promessas foram quebradas." Gosto muito desta frase. Da que pensar...