Monday, May 29, 2006

It's been so long...

Ok, já sei que não actualizava o blog há muito tempo... O meu leitor assíduo fez questão de reclamar diversas vezes... Por isso aqui vai! Como ando sem inspiração trago, novamente e para mal dos pecados de muita gente, um poema antigo... Tentem não sofrer muito! =)


Foto: Scarlett Johanson in "Lost in Translation" - www.stereogum.com
(cor alterada por mim)

Acordei...
Corpo esguio e
Curvilíneo,
Moldado no leito dourado
Como num naufrágio,
No refúgio dos lençóis.
Porto seguro das
Minhas incansáveis
Lágrimas nocturnas,
Que escurecem a
Claridade da noite
Prateada e
Rasgam a luz
Da manhã que não vem.
Moldada, perfeita
Como num sonho,
Onde tudo é verdade
E tudo é mentira,
Onde a vida sabe a açúcar e
As lágrimas a cristal.
Acordei...
À luz do sol na
Imperfeição real do
Meu mundo.

11-02-2003

Até breve!

Sunday, May 14, 2006

Apaixonei-me...

Este fim de semana apaixonei-me...

Fica aqui a minha paixão

Tenho livros e papeis espalhados pelo chão.
A poeira duma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido.

Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ri
E depois o arrepio, a memória dos afectos

Mmmmmm Que me deixa mais feliz.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.

Mmmmmmm Afinal, eternamente.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.

E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

Digam lá que não é de uma pessoa se apaixonar perdidamente...

Até Breve!

P.S. Para quem não sabe a música é da Filarmónica Gil

Thursday, May 11, 2006

Será que tenho o dom das palavras?

Para quem possa achar que eu tenho o dom das palavras aqui fica um poema que prova o contrário... Surgiu de um punhado de ideias que se foram acumulando (reparem bem na(s) data(s).
Mas espero que gostem...

Letras atrás de letras
Formam palavras que
Formam frases que
Formam parágrafos de
Folhas intermináveis,
Formando assim
Um ciclo de letras
Amontoadas num espaço diminuto que
Invariavelmente leva à
Monotonia,
A ideias que não surgem.
Sinto-me perdida,
Sem controlo nas mãos,
Para escrever
Todo o meu sistema treme
Sem que eu queira.
Sempre que pouso a cabeça
O meu cansaço está presente,
Latente
E tudo é complexo,
Desde o respirar,
Ao bater do meu coração.
As ideias descansam e ele
Bate… bate… bate devagarinho
Ao ritmo lento do latejar
Do meu cansaço.

15-02/18-07/16-09-2005

Até breve!

blackbird


Não é o post que tinha prometido... Esse só quando chegar a casa e tiver todas as minhas informações... Mas fica aqui uma música que me apetecia ouvir neste momento


Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
Blackbird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of a dark black night.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of a dark black night.

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise

Até breve!

Tuesday, May 09, 2006

Uma semana depois...

Recordar alguns momentos do passado... Para o meu leitor assíduo que insiste que eu ponha aqui todos os meus poemas :) e que não tem noção do quão assustadores eles podem ser...











Olho a noite e sinto a tua falta. Procuro, nesta noite, um lugar para nós.
Soletro ao vento as palavras que me perseguem para te alcançar outra vez.
Frases soltas que profiro mas, solto significa livre, tal como o amor...
Deixo que o vento negro me leve até ti para te sentir mais uma vez antes de mergulhar na teia dos meus sonhos.
Preciso do teu toque, do teu amor, do teu carinho, do teu cheiro... Ainda mal deixei de te ver e já sinto a tua falta, como quando preciso de respirar e tu não estás.
Procuro e não te encontro. Corro pela cidade fora procurando-te. Voo no desespero de te encontrar. Qual borboleta, qual som celestial, tenho medo de te perder. Sinto-me vazia sem ti, preciso do teu toque para sentir o teu calor, para acalmar a minha alma inquieta, para me segurar quando o mundo me atacar.
Repito-me incessantemente, mas não encontro discernimento para encontrar outras palavras. Revolvo a mente mas a voz do coração fala como um revolucionário inconformado. Procuro o calor das nossas tardes recordando um olhar, um beijo, uma palavra sussurrada na multidão, a cumplicidade das nossas almas. Ajo como uma louca, mas não é verdade que o amor é para os loucos? Então deixem-me viver louca e livre. Vivo a insanidade do meu ser, na procura do teu.
Encontro o nosso lugar. Ali,..., ali naquela estrela brilhante,..., aquela que brilha sempre, mesmo quando não se vê.

14-09-2001

Preencho as minhas folhas
Com suspiros inconfundíveis.
Silenciosos, perturbam a agitação do ar.
A porta bate e eu estremeço.
O silêncio foi quebrado,
Tal como as promessas feitas um dia.
Vendeste-me a alma sem eu saber
E quando me apercebi, era tarde demais
E estava diferente.
Indiferente, aluada, deixada a um canto
Com a sombra do teu olhar
Atirada sem dó para o vazio de um ser,
Para o nada que costumava ser.
E aqui fico, parada, no barulho da multidão.
Vejo a minha alma ao longe,
Nas mãos de quem a comprou.
Numa última oportunidade
Lanço um silencioso suspiro tão alto
Que tudo pára por o ouvir.
Berrei-o na tentativa de a alcançar.
Em vão...
A minha alma parte nas mãos de um ser vazio...
Tudo porque como o silêncio,
As promessas foram quebradas.

24-09-2001

Até breve!

Thursday, May 04, 2006

E agora... um poema

Pois é... aqui estou eu a aproveitar para actualizar o meu blog...

Depois não digas que eu não sou simpática Vítor :)

O último poema que eu escrevi... Não ficou grande coisa mas foi o que saiu... Como alguém que eu conheço diz... Vidas!


Os poemas não são fáceis
De escrever...
Requerem emoções,
Sensações,
Algo que de uma maneira ou de outra
Altere o estado de espírito
Ou físico de quem
Os escreve.
E as emoções nunca são
Constantes e,
Podem mudar tão depressa como
O vento se tudo à volta
Assim o ditar.
E eu, vivo assim,
Ao sabor de um vento
Que não sinto nem cheiro,
Estagnada na insignificância
Que me atribuíram.
E eu nada consigo fazer porque hoje,
Não se mudam os tempos, muito menos
As vontades.

29-04-2006

Até Breve!

Saudades...

Voltei às origens... neste momento encontro-me a trabalhar no Porto. Dia 28 de Abril foi o meu último dia em Guimarães... Deixei lá amigos recentes e tenho muitas saudades dos nossos pequenos almoços e das nossas tolices... Conto convosco dia 23...


Fica aqui a mensagem de saudades e muitos beijinhos!!!!

Até Breve!