Tuesday, October 07, 2008

Sem título

Olho a noite e sinto a tua falta. Procuro, nesta noite, um lugar para nós.
Soletro ao vento as palavras que me perseguem para te alcançar outra vez.
Frases soltas que profiro mas, solto significa livre, tal como o amor...
Deixo que o vento negro me leve até ti para te sentir mais uma vez antes de mergulhar na teia dos meus sonhos.
Preciso do teu toque, do teu amor, do teu carinho, do teu cheiro... Ainda mal deixei de te ver e já sinto a tua falta, como quando preciso de respirar e tu não estás.
Procuro e não te encontro. Corro pela cidade fora procurando-te. Voo no desespero de te encontrar. Qual borboleta, qual som celestial, tenho medo de te perder. Sinto-me vazia sem ti, preciso do teu toque para sentir o teu calor, para acalmar a minha alma inquieta, para me segurar quando o mundo me atacar.
Repito-me incessantemente, mas não encontro discernimento para encontrar outras palavras. Revolvo a mente mas a voz do coração fala como um revolucionário inconformado. Procuro o calor das nossas tardes recordando um olhar, um beijo, uma palavra sussurrada na multidão, a cumplicidade das nossas almas. Ajo como uma louca, mas não é verdade que o amor é para os loucos? Então deixem-me viver louca e livre. Vivo a insanidade do meu ser, na procura do teu.
Encontro o nosso lugar. Ali,..., ali naquela estrela brilhante,..., aquela que brilha sempre, mesmo quando não se vê.

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