Friday, October 16, 2009

Viktor e Ilka, uma história

Era verão na Finlândia. Viktor e Ilka tinham acabado de embarcar no barco que os levaria até Reikjavic. Mas, uma grande tempestade fê-los naufragar numa ilha da península Escandinava, Söroy.

Viktor e Ilka, ao chegarem a Söroy, apresentavam um estado miserável. O casal não tinha roupa, não tinha identidade, e o único dinheiro que tinha era o que Ilka tinha consigo.

Enquanto Ilka e Viktor procuravam um sítio para comprar roupa, toda a gente os olhava atentamente e cochichava.

Depois de vestidos foram à procura de comida...
No café, o que comeram foram uma sandwiches, pois o dinheiro não dava para muito mais. Sentados nas rochas da praia vazia, planeavam a sua vida para poderem continuar a sua viagem com destino a Reijkavik.
Para esquecerem a fome, começaram a relembrar as histórias que lhes costumavam contar quando eram crianças. Foi então que Ilka concluiu que uma maneira de arranjarem dinheiro seria irem para as ruas e contarem essas histórias dos lapões e seres estranhos que existiam nas suas florestas.

Dirigiram-se para a cidade onde começaram a contar e a fazer teatro. Viktor, entretanto, tinha feito uma flauta com um caniço que tinha encontrado. toda a gente gostava deles e todos davam um contributo.

Um dia, Viktor, sentado numa rocha, começou a pensar se continuaria em Söroy ou, se quando tivesse dinheiro partiria para Reijkavik.

Ilka era uma mulher prática e quando Viktor lhe apresentou as duas hipóteses, respondeu-lhe que lhe confiava a decisão mas que antes de decicidr pensasse bem no seu futuro, no dela e no do filho que estava para nascer, pois embora gostasse muito daquele trabalho, o futuro em Reijkavik era mais promissor.

Nessa noite, Viktor não conseguiu dormir devido ao choro das ondas. Saiu de casa e foi para a praia pensar no seu futuro, no de Ilka e no futuro que queria que o seu filho tivesse. Eles já tinham dinheiro suficiente para partir. E assim foi.

Umas semanas mais tarde Viktor e Ilka partiram rumo a Reijkavik. As ondas choraram ao ver partir o casal que costumava meditar junto delas.

Dizem que as ondas ainda choram a alegria perdida. A alegria de Viktor e Ilka.

2 comments:

Anonymous said...

Eu ainda acredito no Principe Encantado... :-) Há coisas que nunca mudam.
Quanto ao conto: PARABÉNS!! Fiquei maravilhada. Vou procurar os meus - cheios de erros e gatafunhadas - e um dia coloco no meu blog para te rires - claro que não têm a mesma qualidade dos teus nem nada parecido!!!

said...

uma delicia... :)